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Portal na entrada de Triunfo |
ONDE FICA E COMO CHEGAR
Triunfo está localizada a 400 km de Recife, na divisa com a Paraíba, no sertão pernambuco. A cidade está a 1010 metros acima do nível do mar e não vê chuva há 4 anos, imagine só.
Numa sexta fui de carro, saindo de Recife, com duas amigas. A estrada até Arcoverde é boa, sendo a maioria do trajeto com pista duplicada. O GPS deu uma enganada já perto de Triunfo e entramos antes, sentido Jericó (fiquei até esperando Jerusalém aparecer, hahaha), pois mostrava uma pista para lá. Mentira, tem não! A dica é seguir as placas "Sesc Triunfo" para não ter errada. A estrada é aladeirada, com declive acentuado, cheia de curvas e de pista simples. Toda cautela é bem-vinda ;)
HOSPEDAGEM
Na pousada Opção, muito bem localizada, simples e aconchegante. As melhores opções de hospedagem em Triunfo são o
SESC Triunfo e a pousada
Baixa Verde. A cidade é pequena, então basicamente tudo se conhece a pé ou em pequenos trajetos de carro. Chegamos na sexta a noite e estava acontecendo o Festival de Cinema de Triunfo. Muitos restaurantes estavam fechando por conta da hora, mas conseguimos jantar no Papo Pizza. Música ao vivo, comida boa, ambiente agradável e até a presença da global Maeve Jinkins, a homenageada do festival. A temperatura era de 18º, mas a sensação térmica devia ser de 10º. Let it go, let it go... Frozen estava por lá.
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O Careta e as Olímpiadas: colorido sempre presente na cidade |
PONTOS TURISTICOS
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Lago da cidade com o teleférico, que não funciona mais) |
No nosso PRIMEIRO DIA, um sábado de sol, saímos da pousada rumo ao centro, onde fica o lago que é o cartão-postal da cidade. Ao redor ficam vários restaurantes, espaços de artesanatos e lojas, então além da caminhada a gente conhece um pouco da cidade. Neste lago tem um
teleférico bastante conhecido, porém devido a um acidente que ocorreu com um funcionário do SESC, que administra o teleférico, o mesmo não funciona mais e sem previsão de retorno.
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Barris cheios de cachaça, no engenho |
A pé fomos para o
engenho São Pedro, onde podemos ver todo o processo da cana, da cachaça e da rapadura, que você pode comprar no final da visita. O cheiro doce faz parte de todo o percurso, achei bem legal. Ao fim provei a cachaça pura e a envelhecida, com sabor agradável, porém forte. Para quebrar a "bebedeira" comprei rapadura com amendoim, rapadura com laranja e com leite e coco. Almoçamos no restaurante Coisas de Maria uma deliciosa picanha. De lá seguimos para o passeio do Pico do Papagaio.
Provando a cachaça envelhecida... hahaha
O passeio para o
Pico do Papagaio, ponto mais alto de Pernambuco, é feito numa
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Cacimba, de baixo |
4 x 4, então nem arrisque pôr seu carro na estrada que é bastante pedregosa e inclinada. O valor do passeio é em torno de R$ 150 para 6 pessoas e escolhemos o horário da tarde para ver o pôr-do-sol. A primeira parada é na
Cacimba d'água de João Neco, que foi feita manualmente há mais de 60 anos e que
salva a pátria abastece duas casas, principalmente nestes períodos de seca. A construção levou um ano e contou com a ajuda de mais 2 homens, pois João Neco era cego de um olho. Eu vendo com os dois e com ferramentas iria cansar, imagine nestas condições... A segunda parada foi na
Furna dos Holandeses, uma gruta que dizem ter abrigado os holandeses que fugiram da Batalha dos Guararapes. Naquela distância toda era muita disposição pra fugir viu!
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Estátua do Careta, representante cultural de Triunfo, no Pico do Papagaio |
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Gratidão <3 |
A terceira parada foi no
Pico do Papagaio que está a 1260m de altitude e de um lado vemos a cidade de Princesa Isabel, na Paraíba e Triunfo, em Pernambuco. O vento frio e a vista de um horizonte sem fim tornam o lugar muito mais bonito, agradável e prazeroso de estar. Para começar a noite de sábado jantamos na pousada Baixa Verde um delicioso
fondue misto de carne com molhos diversos (tem que agendar antes e não é necessário ter se hospedado lá). Pra adoçar e esquentar, um bom chocolate quente. De lá fomos ouvir um forró pé-de-serra no restaurante Casarão, lugar arrumadinho e agradável.
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Eu que sou fanática por pôr-do-sol vi um espetáculo desses lá :) |
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Divisa Paraíba-Pernambuco |
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Gramophone |
No nosso
SEGUNDO DIA, domingo de volta para a casa, conhecemos a
Casa Grande das Almas, que tem esse nome porque fica na "cidade" de Almas e a casa era a maior da época. Todo mundo pensa que vai ver malassombro lá... Vê não, fique de boas, hahaha. A casa é cheia de objetos antigos e um fato interessante dela é que a mesma fica na Paraíba e Pernambuco ao mesmo tempo. E um dos cômodos, dizem, abrigou Lampião por uma noite. De lá fomos conhecer o
Museu do Cangaço, que conta um pouco da história dos cangaceiros, armas e objetos da época. O museu é pequeno, porém a gente relembra um pouco
pra quem assistiu as aulas de História dos fatos ocorridos no sertão nordestino e quem foi Lampião, o cangaceiro arretado. Pra finalizar a viagem, tentamos conhecer a
Fábrica de Criação Popular, uma antiga cadeia que virou um espaço cultural, que utiliza de materiais recicláveis para construir obras de arte, porém a Fábrica não é aberta aos domingos. Uma pena.
Este foi o resumo dessa mini trip de final de semana que rendeu boas fotos e um pouco de paz em cada lugar. Explorem o interior do nosso Pernambuco, é lindo!
Beijos com cara de careta e sabor de rapadura.
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